Xiaomi vai entrar nos EUA em 2019 e substituir a Huawei

A gigante chinesa Xiaomi pretende entrar para o mercado Americano em 2019. Empresa pretende "substituir" lacuna deixada pela Huawei.
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04/07/2018 às 08:24 | Atualizado há 6 anos

A Huawei já foi praticamente banida dos EUA ao ser boicotada pelo governo. A ZTE está indo pelo mesmo caminho, pois não vai cooperar com o governo americano. Sendo assim, o mercado americano pode abrir espaço para outra gigante chinesa: a Xiaomi.

A declaração que a Xiaomi irá entrar no mercado americano em 2019 foi feita pelo vice-presidente da empresa, Wang Xiang, que falou à Reuters sobre os planos de 2019 da empresa. Segundo ele, o mercado norte-americano é “muito atraente” e a empresa começará a desenvolver seus aparelhos para serem compatíveis com as redes norte-americanas. Não é de hoje que a Xiaomi faz essa declaração.

xiaomi
Xiaomi pretente entrar no mercado norte-americano em 2019

O principal impercilho seria a situação política entre China e EUA que não anda muito bem. No caso da Huawei, a empresa foi acusada de espionagem pelo governo americano. Já outra gigante, a ZTE, não vai aceitar algumas cláusulas de contratos que mantinham com algumas operadoras, que inclui cooperar com o governo americando em certos aspectos.

Mesmmo assim Wang Xiang se diz otimista. Ele destacou as boas relações entre a Xiaomi e a fabricante de chips Qualcomm, sediada em San Diego, e a Alphabet, empresa-mãe do Google. Um dos motivos é que o mesmo era encarregados as operações da Qualcomm na China antes de entrar para a Xiaomi.

Ele destacou que ainda não há um acordo fechado com as operadoras, mas tudo caminha para isso. Isso será decisivo, já que o grande problema do mercado americano é esse. Muitos fabricantes já tentaram, como a chinesa LeeCo, porém como o mercado lá basicamente se constitui em venda de aparelhos por meios de planos vinculados a operadoras, vender aparelhos desbloqueados é muito dífícil. Com um bom acordo com operadoras, a Xiaomi pode se destacar.

A empresa se concentra em smartphones de baixo custo e alto desempenho e apresenta um modelo de negócios inovador que oferece serviços on-line, uma série de produtos eletrônicos fabricados por empresas parceiras e uma estratégia de varejo que inclui uma rede de lojas físicas. Ela pretende manter esse tipo de negócio nos EUA.

A Xiaomi é hoje a maior fornecedora de smartphones da Índia e está entrando nos mercados europeus, incluindo a Espanha e a Rússia, embora recentemente tenha perdido participação na China para rivais mais baratos.

Vale lembrar que a Xiaomi também tentou entrar no mercado brasileiro, mas pouco tempo depois deixou o país. Por outro lado, a Huawei está tentando subsituir o mercado americano que perdeu, e o Brasil faz parte da estratégia da empresa que nos próximos meses voltará a vender smartphones por aqui.

Via Reuters

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