Review Moto G6 Play: Vale a pena comprar o novo Moto G5?

Confiram o review do Moto G6 Play, o mais barato da linha Moto G6 e que tem bons diferenciais, mas será que justificam o preço?
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28/05/2018 às 17:08 | Atualizado há 6 anos
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Será que o mais barato smartphone da linha Moto G6 deve ser ignorado? Custando menos que os outros, construção inferior e apenas uma câmera traseira, o Moto G6 Play está navegando em águas perigosas. Quer saber porque? Confiram o review.

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Design e construção

Diferente dos outros dois modelos, Mot G6 e Moto G6 Plus, o Moto G6 Play não possui o acabamento traseiro em vidro, e sim de plástico. Mas isso não significa que seja ruim. Na realidade é até mais resistente que os irmãos mais caros. Mesmo de plástico, não há ruidos e nem passa sinal de fragilidade. Além disso ele possui até o acabamento refletivo dos outros.

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Ainda na parte traseira temos o logo da Motorola e, pasmem, finalmente a Motorola colocou o leitor de impressões digitais no logo. Uma solução bem mais inteligente que os outros modelos onde o leitor biométrico fica na frente estranhamente expremido com o logo Moto.

Para completar a câmera possui apenas um sensor e está dentro do famigerado circulo sem sentido e feio da Motorola. Além disso, ele é levemente saltado, menos que o G6 e G6 Plus, mas é saltado.

As laterais, assim como todos os outros modelos, também são de plástico. Lembrando que ele vem com um conector micro USB, infelizmente.

Na parte frontal temos sua tela de 5,7 polegadas com proporção 18:9, algo bem bacana nessa faixa de preço. Por outro lado a resolução é apenas HD com 720 x 1440 pixels. Na prática significa que se olhar bem de perto dá para ver os serrilhados dos ícones, e no geral ele ficam menos nitido que resoluções mariores.

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Na parte inferior temos apenas o logo Moto e acima sua câmera com um flash frontal.

No geral a construção é boa para a categoria e preço dele, já o visual também é bonito e não mostra ser um smartphone barato. Pelo contrário, ele parece ser um smartphone premium com um visual metalizado, mas o lado bom é que o plástico não escorrega como o vidro.

Hardware

A grande diferença frente ao resto da família é justamente o hardware. Ele possui um processador Qualcomm de entrada, o Snapdragon 430.

Esse chipset vem com 8 núcleos de 1,4 GHz; GPU Adreno 505;3 GB de memória RAM e 32 GB de armazenamento interno, sendo 25,5 livres para o usuário.

No geral o desempenho foi mais que satisfatório, mostrando que o Snapdragon 430 é um bom processador de entrada. Mas notem, eu disse de entrada. Essa CPU e GPU possuem quase 3 anos de mercado, ou seja, é datada.

Na prática significa que ele vai sim rodar jogos pesados, porém com carregamentos longos e queda de frames. Ele rodou todos os jogos que testei da Google Play, inclusive  o PUG Mobile mas com gráficos bem cortados. Mesmo assim foi bom, já que esse não é o foco dele.

No dia a dia ele se mostrou valente. A multitarefa funciona bem, porém há fechamentos de aplicativos que estão em segundo plano. Mas isso é justificável pelo processador mais fraco, e isso de certo modo desengasgou bastante o uso, deixando bem fluido.

Para quem é fissurado em testes de desempenho, seguem takes com os testes feitos:

Software

Ele vem rodando o Andorid 8 Oreo e trás todas aqueles truques da linha Moto. Como balançar para acender o flash e a Moto tela onde são mostradas notificações e o relógio, dentre outras firúlas.

Bateria

A principal característica é sua bateria. Ele vem com 4.000 mAh. Diferente da linha E que no geral são smartphone grossos e pesados, culpando a bateria, ele vem com os mesmos 4.000 mAh do E5 mas ele é bem leve e fino. 9mm e 175 gramas de peso.

Nos nossos testes, ele se saiu bem. Mas não tanto quando esperávamos. Ele fez 11 horas de tela rodando vídeos em streaming com todas as conexões ativas. Para efeito de comparação, o Xiaomi Redmi 5 Plus com a mesma bateria e um processador mais potente, fez 13 horas.

Jogando continuamente PUB Mobile, ele fez cerca de 4 horas de tela, mostrando que aplicações pesadas destrói qualquer probabilidade de boa autonomia.

Mas mesmo assim está bem acima da média. Aguenta facilmente um dia de uso mesmo dos mais exigentes. Um usuário mais light consegue 2 dias de tela.

Câmeras

A câmera do G6 Play possui um sensor de 20 MP e abertura de f2.0. Como estamos falando de um aparelho de entrada, barato, achamos a câmera bem satisfatória.

O segredo dele é na luz. Quando o cenário a ser fotografádo tem boa iluminação, a qualidade das fotos ficam acima da média dos aparelhos dessa categoria. Com um bom nível de detalhes, embora dá para se notar efeito granulado na maiora. As cores, no geral, ficam um pouco opacas se comparado com a imagem real.

Nem o HDR ajuda muito, nele dá apenas um efeito bem leve de constraste e não altera em praticamente nada a relação de luz e sombra como deveria.

Se a luz cai um pouco o software começa a elevar o ISO, o resultado são fotos menos nitidas e com bastante ruídos. Mas tudo dentro das expectativas da categoria.

As fotos são boas para recordações em redes sociais, mas não espera nada extraordinário delas.

Ele grava vídeos no máximo em 1080p hpa 30 fps e no geral as imagens não são tão fluidas quando há movimento, mas com luz as imagens ficam nitidas e com cores bem reais.

A câmera frontal possui 8 MP e possui um LED de flash. Mas infelizmente é bem lenta e quase sempre a foto fica um pouco desfocada.

Compensa comprar?

Sinceramente? Não, não vale a pena. Custando hoje cerca de 970 Reais, ele oferece muito pouco quando comparado com os aparelhos da própria Motorola lançados no ano passado.

Para entender, ele é praticamente a mesma coisa do Moto G5 lançado em Fevereiro de 2017, com mesmo processador. Mudando apenas a bateria.

No seu preço, temos o Moto G5 S Plus, que é melhor em absolutamente tudo: processador, câmera, acabamento, tela e tudo mais.

Ou seja, o Moto G6 Play naõ tem motivo para estar a venda.

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Fundador e editor chefe da Tekimobile Midia. Além de empreender, trabalhou 20 anos com eletrônica e telecom até que decidiu se dedicar 100% na produção de conteúdo.
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